sábado, 17 de maio de 2008

A bengala (Francisca) da Rita denunciou Mimi, naquele terreno cheio de ervas



A gatinha que está quase sempre com (Simbinha), tem história também um pouco triste, mas só no início, ainda está connosco, graças a Deus.Como a mãe já vos contou, combinou com a Srª.Adelaide para ir sempre ao local onde eu estava num bidão velho e ela ia informando a mãe, e também improvisou-me uma caminha sem a Srª. Maria saber, e sempre que ia lá a casa levava um pouquinho de leite e misturava com água e às escondidas da Srª Maria ia lá colocar numa tacinha. Numa quinta feira, quando a mãe regressou do trabalho com o pai, não foi logo para casa, disse que ia falar com a vizinha porque tinha uma coisa combinada com ela e ia ver se conseguia andar na vereda que dava acesso a esse terreno e tentar espreitar, para ver se via o gatinho.Mas essa vereda tem muitos poios por perto, quando a mãe ia passando num certo lugar encontrou um gatinho amarrado e baixou-se para lhe fazer uma festinha, também havia um cão e ladrou, denunciou a mãe. A dona desse gatinho que estava amarrado veio à porta e perguntou mas num tom de gozo: - olha a Ritinha, enganou-se no caminho, há anos que não a via por estes lados, tenha cuidado para não cair, porque esse caminho está escorregando, a mãe afagou o gatinho(chama-se Fadista) e perguntou o porquê daquele gatinho estar amarrado, ela explicou que era por causa de um vizinho que tinha um cão “Aski”, e que matava todos os seus gatinhos, e que tinha 9 gatos e que aquele era o único que escapou, então amarrou-o e assim ele não ia para casa do vizinho.Mas eis que a dita senhora disse uma coisa à mãe: Além na erva, ao fundo está uma gatinha, mas ela parece um bicho do buraco, não deixa ninguém se aproximar dela, ela vai morrer, já está ali a mais de um mês não deixa ninguém tocar-lhe, mas é lindinha, até parece uma gata de raça, mas alguém abandonou-a, ainda com um pedaço de manta, ela parece que come erva, porque eu nunca a vi comer, só se vem comer a ração do meu Fadista à noite.Estão a ver o filme, a mãe arregaçou suas calças, seu casaco e foi na direcção que a senhora disse, vocês já sabem que a mãe só posso andar com apoio de uma canadiana, e para ajudar a procurar e também separar as ervas que eram enormes, da altura de meio metro, com a canadiana foi abrindo caminho, e sempre a chamar muito baixinho, bichaninha, lindinha, gatinha querida, onde estás, e de repente miauuuuu, e agarrou minha canadiana para arranhar-me, mas eu agarrei-a pelo pescoço que é assim que se faz quando o pessoal gato está feroz, e como fiquei sem apoio da canadiana, truz, pummmm, cai, e fiquei com a gatinha no colo mas muitoassusatda e não é que ela gostou.Também como assim não me pisei, deixei-me ficar na feiteira, e fui conversando com a gatinha, ela olhava-me, miava, tentava morder-me e eu ia sempre a acarinhado enquanto me refazia do susto do tombo, até que a gatinha ficou mais calminha, eu tirei o meu casaco, já estava todo sujo de matos, embrulhei-a para não me arranhar, levantei-me, e vim ter à vereda novamente, e a dita senhora, entretanto estava a apreciar todo aquele episódio, e eu disse-lhe olhe tenho-a aqui, mas como a vi primeiro se quer ficar com ela é sua, mas dei a entender que queria ficar com ela, gostava muito de levar esta gatinha comigo, vinha fazer uma volta por este lado, mas não tem pressa posso voltar lá amanhã ela disse prontamente: -Ritinha ..leve-a porque mesmo que eu fico com ela o cão vai matá-la e eu sei que gosta de animais, vai tratar bem dela e assim foi. Vim embora, mas eis que quando cheguei a casa, não sabia como explicar o que me tinha acontecido, ainda estava nervosa, e o meu marido perguntou-me, mas não ias falar com a Srª Adelaide, o que te aconteceu, eu lá exliquei tudo, e abri o casaco e mostrei a gatinha, meu marido não foi muito com a cara da gata, porque ela tinha uma cara sisuda, estava toda sujinha, muito magrinha e mostrava-se agressiva, parecia que metia medo, mas Maria Rita não tem medo de nada, mãos ao trabalho:Preparação de um bom banho, e cortar metade de seu pêlo todo amarrotado, cortar unhas, tirar bichinhos, e a gatinha ficou logo diferente, nem parecia a mesma, apesar de ter muitas feridinhas e parte do corpo não tinham pelo, (nunca cesceu pelinho,) mas penteando não se nota, e no fim de semana quando as manas vieram tiveram uma surprise. Que é isto... mais uma gatinha nova em casa, como vamos chamar-lhe, logo veio á boca um nome, na sequência das que já existiam cá em casa "Mimi".Essa gatinha não é muito meiga para os gatinhos cá de casa, e também para as pessoas, mas com a mãe é só carinhos, abre logo a boca para tomar a pílula, e se for o pai dá dentadinhas, como diz a mãe, os gatinhos são muito espertos sabem quem gosta deles e o pai nunca foi muito com a cara dela, e se a mãe não estiver ela não come, vai passear e come terra e ervinhas que era a papinha dela quando foi abandonada, (continuação numa próxima oportunidade). Rita Ferreira

1 comentário:

Anónimo disse...

Os animais são mesmo assim...O ser humano é que cria estigmas e rejeita o próximo quando é diferente! Bom, felizmente que nem todos são assim! Felicidades!